Conforme prometido semana passada, segue nas próximas (e valiosas) linhas, os tratamentos preconizados para Melasma... O inimigo do verão.
Justamente pelo melasma ser uma doença de pele inestética, de grande repercussão na qualidade de vida das pessoas afetadas, seu tratamento se torna amplamente indicado. O mesmo divide-se em duas fases:
1) Clareamento das manchas
2) Manutenção da pele livre de manchas.
Para isso, se faz necessário uma boa fotoproteção e uso adequado dos clareadores disponíveis.
O tratamento é a longo prazo (ou seja, demora mesmo). Na formulação do esquema terapêutico, há de se levar em conta que a maioria dos pacientes acometidos são adultos do sexo feminino. Portanto, devemos considerar fatores como:
- tipo de pele (mais ou menos oleosa);
- outros problemas de pele associados (envelhecimento cutâneo, espinhas...);
- uso de maquiagem;
- prática de esportes;
- estilo;
- local de vida.
O melhor resultado no clareamento da pele pode ser conseguido pela associação de drogas com mecanismos de ação distintos e, muitas vezes, sinérgicos (produtos que se somam em seus resultados). Além disso, quanto mais o esquema puder ser adequado às necessidades individuais, maior a adesão e o sucesso do tratamento.
Fotoproteção
Constitui a pedra fundamental na terapêutica do melasma. Nenhum tratamento funciona bem sem o uso adequado do protetor solar. O portador dessa doença deve ser orientado quanto ao seu curso crônico e de como a fotoproteção pode evitar suas recorrências e manter os resultados obtidos com os clareadores disponíveis.
A fotoproteção efetiva deve considerar a proteção não somente contra raios ultravioleta, mas também contra a luz visível presente na radiação solar e em fontes artificiais, como as lâmpadas fluorescentes.
O fotoprotetor deve ser de amplo espectro (UVA, UVB e luz visível), usado em quantidade adequada e de maneira uniforme, sendo necessária sua aplicação várias vezes ao dia.
Sugere-se o uso de filtros pigmentados (coloridos).
As gestantes são as maiores beneficiadas com a fotoproteção, pois os recursos terapêuticos no período gestacional são reduzidos.
Na atualidade, o conceito de fotoproteção vai além do uso do filtro solar. A exposição direta ao sol deve ser evitada, fazendo-se necessário o uso de chapéus de abas grandes, tecidos que diminuam a passagem da radiação UV e vestimentas adequadas. Fotoproteção através de cápsulas (via oral) também pode ser utilizada.
Agentes clareadores
Hidroquinona: Primeira escolha no tratamento do melasma. Deve ser usada em baixas concentrações, pois se utilizada de forma inadequada, há maior risco de complicações como alergias, maior escurecimento (hipercromia) da pele na área de aplicação, ou até mesmo áreas de diminuição da cor (hipocromia - áreas brancas), além de descoloração das unhas.
Os melhores resultados são obtidos quando a hidroquinona é empregada em associação com outros princípios ativos, tais como tretinoína e ácido glicólico.
Outros agentes clareadores disponíveis
Ácido kójico: Se isolado, apresenta efeito clareador leve. Sugere-se uso associado à outros produtos ou em fases de manutenção do tratamento. Tem como principal efeito adverso, a irritação na pele.
Ácido azeláico: Encontrado em duas apresentações, sendo uma em gel, outra em creme. Podem ocorrer alguns efeitos adversos como prurido, ardor e descamação, todos leves e transitórios. Efeito clareador leve.
Ácido ascórbico: Também possui efeito clareador leve. Melhor emprego no melasma é na fase de manutenção ou em combinação com outras substâncias clareadoras.
Medidas complementares
Os métodos mais empregados são a microdermoabrasão (maior penetração dos princípios ativos em uso) e os peelings químicos superficiais (ácido glicólico, ácido salicílico, solução de Jessner, tretinoína, ácido lático). Ambos são utilizados como coadjuvantes no tratamento do melasma, não esquecendo da tendência à hiperpigmentação nesses indivíduos. Os trabalhos científicos ainda não obtiveram conclusão em relação à real eficácia.
Laser: Vários tipos são testados, com resultados inconsistentes, por apresentarem alto risco de recorrência e de hipercromia pós-inflamatória. Não devem ser considerados na rotina, e sim ainda uma modalidade experimental de tratamento do melasma.
Bom... Esta foi uma breve conclusão sobre os tratamentos disponíveis para melasma. Apesar de ser uma doença que não tem cura, podemos ter um excelente controle na atividade da mesma, levando a um grande ganho na qualidade de vida!
E não esqueça: procure sempre um médico para prescrever e orientar seu tratamento. Ele é o profissional capacitado para que você tenha um bom sucesso terapêutico!
Obrigada pela atenção e nos encontramos novamente terça-feira!
Até lá!
Dra Viviane Loch.
Obrigada pela atenção e nos encontramos novamente terça-feira!
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Dra Viviane Loch.
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